Minha foto
Vitória, ES, Brazil
Alguém que busca poesia no entre da vida.

sábado, 14 de agosto de 2010

Menino que não é do Rio

Menino que não é do Rio
Cujo corpo não é bronzeado pelo sol e sim pela correria
Que traz seu dragão só no contorno, inacabado tatuado nas costelas e não num belo braço 
Menino que não é do Rio, mas a intensidade de seu
calor também provoca arrepio
Calção e corpo aberto no espaço e pela pista à fora
Coração, desejo de eterno flerte com a vida e a morte
Menino que não é do Rio
Seu Havaí não é aqui
Nem todos os lugares, nem todas as ondas dos mares podereis ir
Menino que não é do Rio
Lamento dizer-te
Não sei se adorariam ver-te.
Quem sabe um dia!

Ao menino do dragão inacabado

Inusitado

O inusitado traz consigo ritmo e tempo próprio
Atravessa, provoca, desestabiliza e desorganiza.
Se faz potência em corpo que vibra
Em formas imprecisas arremetendo-o a uma nova ordem
Habituando-se, torna-se conhecido.
Adormecendo feito criança em colo de mãe
repousando até novamente em inusitado se fazer 
Em novas vivências e alianças com aqueles que se permitam
ao constante processo: ora incômodo, ora alegria.